O Brasil conta com 27 partidos políticos regulares e, ainda assim, há motivação suficiente para tentar emplacar mais quatro. Além do neogovernista PSD, outros três grupos tentam ultrapassar a barreira das 500 mil assinaturas para conseguirem o direito de nascer (ou renascer). Isso porque um dos partidos em vias de ocupar a cena política nacional é um velho conhecido do eleitor: o PL. Além do esforço por ressuscitar o partido ligado ao escândalo do mensalão, os militares também pretendem voltar oficialmente à vida política pelo Partido Militar do Brasil (PMB). Ao mesmo tempo, uma parcela de executivos de multinacionais se articula para criar uma legenda com proposta insólita. O Partido Novo pretende ser uma legenda política sem políticos — pelo menos até o momento do registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Todas as quatro legendas trabalham com prazo curto para consolidar o surgimento, ou ressurgimento: setembro. A pressa tem uma razão muito simples. Neófitas, integrantes dos três partidos acreditam que as eleições municipais de 2012 são a porta de entrada para tentarem eleger uma bancada mínima na Câmara dos Deputados dois anos depois. No campo das projeções, as perspectivas são distintas. O PSD se prepara para aderir à bancada governista — pelo menos onde for conveniente — e sonha com 50 deputados federais a partir de 2015. Mais modesto, o PL tenta renascer sem a parcela do antigo partido que migrou para o atual PR e de olho no dinheiro do fundo partidário e no tempo de televisão. Legendas sem deputados federais têm direito a R$ 550 mil anuais, mais dois minutos semestrais em rede nacional de tevê e rádio. Se tiver parlamentares, o tempo sobe para um programa nacional por semestre, com duração de 10 minutos. Já o PMB, pretende empunhar as bandeiras militares — entre elas a aprovação do projeto que institui piso salarial para a categoria.
A última legenda na fila de criação do TSE é o Partido Novo. Ao contrário dos outros três, o foco dos executivos é em gestão. Para isso, pretendem centrar fogo nas prefeituras, com a meta de inaugurar modelos de gestão. A proposta é defender uma economia liberal, bandeira hoje órfã, mas que outrora teve como representante mais claro o DEM. “Entendemos que é vital melhorar a eficiência na gestão dos impostos. Traçamos um estatuto para que o partido cobre dos seus representantes metas, gestão e resultados. O partido dá suporte a eles e eles têm o compromisso de gestão com o partido”, resume o presidente da legenda, João Dionísio Amoêdo, membro do conselho de administração do Itaú BBA e ex-vice-presidente do Unibanco.
No PL, os remanescentes da antiga legenda de Valdemar da Costa Neto acreditam que ao recriar o partido escaparão do desgaste de imagem provocado pelo mensalão. Como presidente de honra, José Batista Júnior, dono do frigorífico Friboi, o PL também tenta se desvincular da antiga característica de partido umbilicalmente ligado às igrejas evangélicas, mas permanece repleto de líderes religiosos pertencentes essas instituições.
A última legenda na fila de criação do TSE é o Partido Novo. Ao contrário dos outros três, o foco dos executivos é em gestão. Para isso, pretendem centrar fogo nas prefeituras, com a meta de inaugurar modelos de gestão. A proposta é defender uma economia liberal, bandeira hoje órfã, mas que outrora teve como representante mais claro o DEM. “Entendemos que é vital melhorar a eficiência na gestão dos impostos. Traçamos um estatuto para que o partido cobre dos seus representantes metas, gestão e resultados. O partido dá suporte a eles e eles têm o compromisso de gestão com o partido”, resume o presidente da legenda, João Dionísio Amoêdo, membro do conselho de administração do Itaú BBA e ex-vice-presidente do Unibanco.
No PL, os remanescentes da antiga legenda de Valdemar da Costa Neto acreditam que ao recriar o partido escaparão do desgaste de imagem provocado pelo mensalão. Como presidente de honra, José Batista Júnior, dono do frigorífico Friboi, o PL também tenta se desvincular da antiga característica de partido umbilicalmente ligado às igrejas evangélicas, mas permanece repleto de líderes religiosos pertencentes essas instituições.
As vantagens de se criar um partido:
» R$ 550 mil: transferência mínima anual pelo fundo partidário
» 20 minutos: tempo disponível por semestre em tevê e rádio para inserções de trinta segundos ou um minuto
» 10 minutos: tempo disponível por semestre para programa nacional exibido em tevê e rádio
» 37 segundos: fatia mínima diária a que um partido tem direito em rádio e tevê durante o horário eleitoral gratuito
» Contratação de assessores e estrutura física em todas as Casas Legislativas proporcional ao número
de eleitos, desde que tenha obtido, no mínimo, 5% dos votos para a Câmara dos Deputados.
» Tempo para partidos com representação na Câmara dos Deputados. Quando não tem parlamentares, o tempo cai para 2 minutos por semestre.
Do Estado de Minas
» 20 minutos: tempo disponível por semestre em tevê e rádio para inserções de trinta segundos ou um minuto
» 10 minutos: tempo disponível por semestre para programa nacional exibido em tevê e rádio
» 37 segundos: fatia mínima diária a que um partido tem direito em rádio e tevê durante o horário eleitoral gratuito
» Contratação de assessores e estrutura física em todas as Casas Legislativas proporcional ao número
de eleitos, desde que tenha obtido, no mínimo, 5% dos votos para a Câmara dos Deputados.
» Tempo para partidos com representação na Câmara dos Deputados. Quando não tem parlamentares, o tempo cai para 2 minutos por semestre.
Do Estado de Minas
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